quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A cadeira que queria ser Sofá.

Sou uma cadeira antiga.
De porte nobre.
Formas clássicas.
Bonita.
Imponente.
Elegante.

E não consigo mesmo perceber porque me chamam de “aquela coisa velha dos tempos da bisavó”. Não imaginam como eu fui lindíssima, elogiadíssima, como vivi cercada de galanteadores. Quantas cadeiras de espaldar alto - aquelas do Diretor da Escola – quantas e quantas já me cortejaram!

Tive até mesmo um namorico com o trono de um rei – mas, logo depois, meu namorado teve de partir para a Suécia porque Sua-Excelência-Louríssima precisava descansar as suas imperiais e rechonchudas nádegas.

As outras cadeiras morriam de ciúme de mim…

Principalmente aquelas cadeiras de botequim, pobrezinhas…

Delas, sempre tive muita pena. Tão magrinhas, tão maltratadas pelos fregueses bêbados do botequim do “Seu Manel”.

Uma vez, cheguei a chorar muito quando vi uma briga no boteco e as pobres das cadeiras se transformaram nas armas dos brigões! E como teve cadeira machucada. Uma amiga minha chegou mesmo a quebrar duas das suas pernas.

Duas pernas quebradas! Duas!!

Meu Deus! Como ela deve ter sofrido.
Chorei muito – por vários dias.

Mas hoje não é dia de choro – e sim de festa, aqui em casa.

Meu blog vem aí.

meu blog vem aí. Aguardem.